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  • Foto do escritorRicardo Rochman

Sustentabilidade: alô Mercado Financeiro, mostra sua cara!

Não é de hoje que se fala de sustentabilidade, e ainda bem que está ganhando mais destaque, mas quando atinge o mercado financeiro vemos algumas movimentações sem que haja grande repercussão.


Vamos falar de algumas medidas que ajudarão a conscientizar o mercado como um todo sobre ESG, que aumentará a transparência e facilitará a vida dos investidores.


Que tal se a B3 (http://www.b3.com.br/pt_br/) só listasse empresas que preencherem um relatório padronizado de ESG (lembro que já há formulário para participar do ISE da B3), e que a partir das respostas dos formulários a B3 dividisse as empresas em diferentes níveis, como já faz com os níveis de governança (N1, N2, NM).


A B3 tem dados e parcerias que permitiriam uma implantação rápida disso (claro, dando um prazo para empresas se adequarem), e quando consultarmos empresas no site da B3 (e outros) veríamos as letrinhas que indicam o nível de engajamento (palavra chave!) da empresa, como vemos hoje na consulta à composição do IBOVESPA: http://www.b3.com.br/pt_br/market-data-e-indices/indices/indices-amplos/indice-ibovespa-ibovespa-composicao-da-carteira.htm


Não seria legal ver um código SU4 (minha imaginação para o nível mais alto de ESG) ao lado do ticker da empresa, como, por exemplo: NTCO3 ON NM SU4.

De acordo com a Sustainable Stock Exchanges initiative (https://sseinitiative.org/) a B3, com aproximadamente 350 empresas listadas, não exige delas relatório anual de sustentabilidade, enquanto a Hong Kong Exchanges and Clearing Limited (HKEX) com mais de 2400 empresas listadas exige relatório anual de sustentabilidade.


A ANBIMA lançou no início do ano um Guia ASG (https://www.anbima.com.br/data/files/1A/50/EE/31/BFDEF610CA9C4DF69B2BA2A8/ANBIMA-Guia-ASG-2019.pdf), que tal se ela também lançasse um selo de nível de engajamento ao ESG (ou ASG) para seus participantes? Aí veríamos, por exemplo, quais gestores de fundos tem áreas de ESG, quais têm critérios e processos que levam em consideração o ESG nas decisões de investimento, etc.


O mesmo vale para selos ou códigos que exibam o nível de engajamento ESG para corretoras de valores, agentes autônomos de investimentos, cooperativas de crédito, bancos e demais instituições financeiras. Assim ficaria claro para todos quem está de fato envolvido e como é o envolvimento com ESG.


Imaginem como seria bom entrar no app do seu banco ou corretora e facilmente ver as ações, debêntures, fundos, empresas, dentre outros que estão comprometidos com ESG, e em que nível de comprometimento estão. As várias iniciativas de ESG das últimas décadas permitem uma implantação relativamente fácil e rápida dos selos e códigos de engajamento ESG, só falta o mercado se mobilizar.

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