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  • Foto do escritorRicardo Rochman

Alô CVM! O investidor deve ser considerado pelo seu conhecimento

Esta manhã li a notícia que a CVM estuda reduzir o limite mínimo de R$1 milhão para R$627mil, para uma pessoa ser considerada como investidor qualificado, ou olhar a renda da pessoa que deveria ser de no mínimo 15 salários mínimos para ser qualificada.


Sinceramente, bobagem. O que deve definir se uma pessoa é ou não qualificada é seu conhecimento e experiência, não a sua renda ou capital acumulado. Aliás, as estatísticas sobre a Poupança no país mostram que estamos repletos de investidores qualificados que não sabem investir. Quando morre alguém no Brasil, na mesma hora nascem alguns investidores qualificados, que provavelmente vão queimar a herança em alguma pirâmide financeira.


TEMPO! Tempo é o fator chave para decisão de investimento, tanto tempo de vida (usado para adquirir conhecimento e ter experiências) do investidor, como o tempo em que serão necessários os recursos financeiros.


Por exemplo, fundos venture capital e private equity (que têm prazo de 5 a 10 anos ou mais) deveriam ser direcionados a jovens, que entendem e gostam do mundo de startups e terão 40, 50, 60 ou mais anos de vida adiante. Da forma como está (ou estará), os investidores qualificados, que devem ter na sua maioria mais de 40 ou 50 anos, é que têm acesso a investimentos sem liquidez, e alguns nem viverão para aproveitar o retorno desses investimentos, e isto faz com que os fundos tenham mais dificuldade para captar. Entre nós, acho isso bem inadequado.


A proposta da CVM não resolve o problema, mas há soluções tecnológicas fáceis e baratas que a CVM poderia adotar, inclusive para terminar com a inutilidade da sHitability (CVM chama de suitability) que temos que preencher para investir.


Ei, CVM! Coloca no seu site um teste simples com 10 questões (não precisa ter matemática financeira) para avaliar o conhecimento sobre liquidez, tempo necessário para o investimento maturar, riscos principais, e guarde o resultado associando com o CPF da pessoa. Aí obrigue as instituições financeiras a consultarem seu site (e cobre uma "taxinha" por isso) para checarem o resultado sempre que o investidor abrir conta lá, e armazenarem um código para eventual fiscalização futura.


Pronto, foi verificado o conhecimento do investidor independentemente da renda, o que aumenta a inclusão financeira, será possível checar se as instituições estão fazendo seu trabalho corretamente, e o sistema ainda se paga.

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