Em artigo recente (https://contents.hec.edu/s3fs-public/2020-09/CorporateFlexibility.pdf), recomendo a leitura, a flexibilidade corporativa foi estudada sob 3 dimensões:
- financeira: é a flexibilidade de se encontrar fontes de recursos (internas ou externas) de curto prazo;
- ambiente de trabalho: é a possibilidade do trabalho ser realizado remotamente, como, por exemplo, em casa;
- investimento: é quando se tem a opção de postergar ou antecipar investimentos (CAPEX).
Os estudo comparou as crises globais de 2008 e da COVID-19 mostrando a importância da flexibilidade de ambiente de trabalho, no caso de crise relacionada a saúde, e das flexibilidades financeiras e investimentos no geral.
Empresas que tem baixa flexibilidade de ambiente de trabalho tendem a investir em automação e logística, para assim depender menos da mão-de-obra. O investimento em sistemas e aplicativos deverá aumentar no futuro para ampliar a flexibilidade de ambiente de trabalho.
Mais flexibilidade de ambiente de trabalho não reverte em mais investimento, pois a possibilidade de trabalhar remotamente resulta na redução dos investimentos relacionados com a estrutura e local de trabalho.
Flexibilidades podem ser criadas (ou contratadas) pela escolha de tecnologias, formas de operação e gestão, e podem ser mensuradas já que criam valor para o negócio e seus stakeholders.
Os governos agiram primeiramente na flexibilidade financeira, mas programas de incentivo e transformação do ambiente de trabalho poderiam ter colaborado com o aumento e manutenção do emprego durante a pandemia.
Em um mundo com mais incerteza (volatilidade), criar e manter flexibilidade representa maiores possibilidades de crescimento e facilidade para navegar durante as crises.
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