Na vida corremos riscos em tudo que fazemos, desde o momento que acordamos até quando vamos dormir. Alguns dos riscos temos muita consciência que estamos correndo e até os gerenciamos, como, por exemplo, quando vamos andar de carro e colocamos cinto de segurança, ou quando vamos ao supermercado e usamos a máscara para reduzir a chance de ser contaminado pelo novo Coronavírus.
Mas outros não esperamos ou nem sabemos que enfrentamos, como o caso que presenciei de um corredor que tropeçou em uma tachão ("tartaruga de rua") na São Silvestre se machucando seriamente, ou do maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima que foi atrapalhado por um ex-padre irlandês nos Jogos Olímpicos de Atenas.
Enfrentamos o risco de escolher um curso de graduação errado, que vai impactar nossa futura carreira e oportunidades de trabalho, ou o risco de aceitar uma promoção para um novo cargo, ou até o risco de mudar de empresa.
Existem várias definições de risco por aí, geralmente a ideia de risco está associada a incerteza quanto ao futuro e a possibilidade de perdas, e isto é que assusta as pessoas. No entanto corremos riscos para melhorar nosso bem-estar e daqueles que nos cercam, e quando superamos os riscos a recompensa costuma fazer bem para a alma e mente.
Em investimentos discutimos sempre sobre os riscos envolvidos, e a relação entre o risco que se escolhe correr e a remuneração (retorno) esperada em função do risco. É natural em finanças falar de risco, por isso não se teme correr riscos, mas o que se faz é gerenciar os riscos.
A menos que você entre em esquemas de pirâmide, ou fique seguindo recomendações de influenciadores digitais sem formação e experiência, e não diversifique bem sua carteira, os riscos do mercado financeiro serão bem menores do que enfrenta nas suas outras atividades do cotidiano. Fico muito mais preocupado com o risco de atravessar as ruas de São Paulo do que com meus investimentos.
As ações das bolsas de valores caem de valor? Sim, mas elas também sobem e recuperam o valor. Assim como quando escolhemos um curso errado na faculdade também não é o fim do mundo, podemos fazer novos cursos de graduação ou pós-graduação para consertar o erro. Isso tudo leva tempo, por isso não seja imediatista nem na vida nem nos investimentos.
A chave para encarar os riscos da vida, e do mercado financeiro, é conhecê-los e gerenciá-los, procure para cada situação ajuda de especialistas como, por exemplo, médicos, engenheiros, e profissionais certificados do mercado financeiro, mas não tenha medo de enfrentar os riscos pois são algo natural, e da natureza.
P.S. A imagem de fundo deste post é foto estilizada do que sobrou do meu joelho depois de jogar futebol com meu filho e seus amigos, um risco que eu sabia que existia mas quis correr pois a recompensa foi maior do que a dor.
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